Histórico

Academia Brasileira de Arte

A Academia Brasileira de Arte foi fundada em 12 de agosto de 1942, por inspiração de Ataulfo Ataulpho de Paiva, para cultivo e divulgação da Arte em sete de suas manifestações – Pintura, Escultura, Arquitetura, Literatura, Teatro, Música e Crítica/ História da Arte. Pouco se sabe de sua história nos primeiros anos, pois seus arquivos acham-se extraviados, mas, pelo que pode ser levantado no Livro de Termos de Posse aberto na gestão do acadêmico Nestor Egydio de Figueiredo, teve como fundadores 26 dos primeiros ocupantes de 40 de suas cadeiras: Afonso de Carvalho, Alceu Amoroso Lima, Álvaro José Rodrigues, Álvaro Moscoso, Augusto de Lima Junior, Cláudio de Souza, D. Clemente da Silva-Nigra, Edgar Roquette-Pinto, Eliseu D’Ângelo Visconti, Floriano Bicudo, Francisco Braga, Gustavo Capanema, Heitor Villa-Lobos, Humberto Gottuzzo, José Carlos de Figueiredo Ferraz, José Fiúza Guimarães, Leopoldo Gottuzzo, Manoel Nogueira da Silva, O. Garcia Junior, Orozimbo Nonato da Silva, Pedro Costa Rego, frei Pedro Sinzig, Rino Levy, Rodrigo Mello Franco de Andrade e Rodrigo Octavio de Langgaard Menezes, além do citado Ataulpho de Paiva, a quem foi concedido, em 16.11.1964, o título de Acadêmico de Honra.

Em 1964, reorganizou-se, conforme Ata registrada sob o nº 13.361 no livro 6 do Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Rio de Janeiro, firmada por Nestor Egydio de Figueiredo, Augusto de Freitas Lopes Gonçalves, Dilermando Duarte Cox, Renato de Mello Alvim, Luiz Carlos Peixoto de Castro, Joracy Camargo, Viriato Corrêa, Mario Nunes, Henrique Cavalleiro, Múcio Carneiro Leão, Oswaldo Teixeira, Ayres de Andrade, Barbosa Lima Sobrinho, Francisco Mignone, Andrade Muricy, Renzo Massarani, Hildegardo Leão Velloso, Hélios Seelinger, Jordão de Oliveira, Raymundo Magalhães Junior, Alfredo Galvão, Gerson Pompeu Pinheiro, Augusto Meyer, Adonias Filho, Manuel Paulo Filho, Renato de Almeida, Victor de Miranda Ribeiro, Humberto Cozzo, Heitor Usai, Antonio Garcia de Miranda Netto, Carlos del Negro, Manuel Santhiago, Leopoldo Alves Campos, José Octavio Corrêa Lima, Murillo Araújo, Afrânio Coutinho, Carlos Flexa Ribeiro, Oscar Niemeyer, Peregrino Junior, Regina Veiga, Ary Garcia Rosa, Sergio Bernardes, Wladimir Alves de Souza e Edson Motta, dos quais 22 vieram, posteriormente, a integrar o quadro titular.

Sua trajetória pode, assim, ser dividida em quatro fases: de 1942 a 1964, sob a direção de Ataulpho de Paiva; de 1964 a 1972, presidida por Nestor Egydio de Figueiredo; de 1972 a 2010 por Agenor Rodrigues Valle, e, a partir de então, por Heloisa Aleixo Lustosa.

Por suas cadeiras passaram 147 ocupantes, afora seus atuais titulares. Ao longo das três últimas fases realizou conferências abertas ao público, premiações, sessões de homenagem e concorridas solenidades acadêmicas, constituindo-se num agradável locus de trocas intelectuais e sociabilidade. Em 2010, abriu-se a novas expressões artísticas, incorporando às suas áreas de eleição a Dança, a Moda, o Design, o Cinema, a Fotografia, o Colecionismo, o Paisagismo, a Preservação do Patrimônio Histórico e Artístico e bem assim as manifestações da cultura popular.

Seu quadro divide-se em três segmentos: o de titulares, com 40 cadeiras, patronímicas de vultos de significação nas diversas áreas da Arte, destinadas a brasileiros natos ou naturalizados; o de correspondentes estrangeiros, com 20 cadeiras, e o de acadêmicos livres, integrado pelos que não chegaram a ocupar cadeiras, escolhidos todos por eleição.

Foi agraciada, em 2020, com o Prêmio São Sebastião de Cultura, na categoria Ação Cultural, pela Associação Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro.